segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012


"Não siga seu coração, conduza-o! Pois em tudo o coração é enganoso!"

Antigamente eu acreditava justamente no oposto: que a gente sempre deveria seguir o coração!
A gente deveria estar onde nosso coração estivesse, que quando ele sentisse com força é porque deveríamos, de fato, estar ali. Mas hoje vejo que não é bem assim.

"Sentir com inteligência e pensar com o emoção."

Às vezes o coração acerta, às vezes erra. Não sei os motivos que ele tem para se apaixonar ou se apegar a algo. Claro que quando falo em coração aqui é no sentido metafórico. Trato-o , neste caso, como um depósito de sentimentos, de forma conotativa, e não como um órgão que bombeia sangue. Enfim, como disse antes, não sei o que o leva (este depósito irracional de sentimentos) a bater mais forte por algo ou alguém. E até mesmo ser inóspito com outras pessoas. Recato eu sei que ele não tem, é atrevido mesmo! O que eu sei também é que a mente da gente tem uma função importante nessas horas. Daí entramos naquele antigo paradoxo-paralelo (se é que assim posso chamar): razão e emoção caminhando juntas! 

"Quando a cabeça não pensa, a alma padece!"

Nosso coração, por vezes, apaixona-se por algo que, de imediato (ou até mesmo com certo atraso), faz nossa mente dizer: cuidado! É a razão tentando conter a emoção, pois sabe que depois pode vir um grande sofrimento. É a mente tratando com repulsa aquilo que não vai nos fazer bem.

Em outros momentos, no entanto, nosso coração não sente nada, porém a mente diz: é agora!! É a razão tentando dizer com saliência o que, de fato, é o melhor pra gente. 

Devemos conduzir nosso coração, pois ele é enganoso em vários momentos. . Se deixarmos que ele nos leve podemos acabar mal no fim das contas. Claro que podemos, também, terminar bem, porém tudo iria acontecer de forma irracional. Quando a emoção não dá ouvidos à razão, o caminho, quase sempre, torna-se íngreme. A partir do momento em que a razão toma conta da situação e conduz o coração tudo fica melhor. A lufada enfuna as velas do navio com toda força, porém é o próprio navio, de forma racional e consciente, quem dá a direção. Assim também deveria ser a relação entre aqueles dois. É a razão dizendo ao coração: Ei, é por aqui! Aí só vai te fazer mal! Ou então: Olha, aqui é o lugar certo! Isso vai ser bom pra você! Mas venha com toda força, assim como uma lufada!

E por fim, o coração disse à razão:
- Vai, pega a minha mão e me guia. Estou cansado de sofrer!




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